Foto: Cristine Rochol / PMPA

O Rio Grande do Sul foi excluído da lista de estados brasileiros que receberão as primeiras doses da vacina contra a dengue. Essa decisão, anunciada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (25), afetou 16 estados e o Distrito Federal, mas deixou o RS de fora, apesar de um aumento explosivo de 855% nos casos de dengue no estado.

Os critérios adotados pelo Ministério da Saúde incluem municípios com mais de 100 mil habitantes e alta transmissão de dengue entre 2023 e 2024, com predominância do sorotipo DENV-2. A campanha de vacinação priorizará inicialmente crianças entre 10 e 14 anos, seguindo um esquema de duas doses aplicadas em um intervalo de três meses.

A limitação na distribuição das vacinas se deve à capacidade restrita de produção do laboratório fabricante. A primeira remessa de 757 mil doses já está no Brasil, e um total de 1,32 milhão de doses compõe este primeiro lote. Uma entrega adicional, prevista para fevereiro, adicionará mais 568 mil doses, totalizando uma previsão anual de 5,2 milhões de doses.

O Rio Grande do Sul, que registrou 602 casos confirmados nas primeiras três semanas de 2024, enfrenta um contraste significativo com sua ausência na lista de distribuição. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) atribui esse aumento às condições climáticas e ao fenômeno El Niño, que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Enquanto a vacina não está disponível no âmbito público para o estado, ela pode ser encontrada na rede privada, em clínicas e farmácias, a preços variados.

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