Foto: PMPA/Divulgação

Uma rotina de medo em uma das regiões que promete ser o próximo polo do entretenimento da capital. A prefeitura de Porto Alegre incentiva a abertura de bares, lojas e restaurantes no Quarto Distrito, mas, de acordo com os lojistas que atuam lá, a insegurança ainda é um ponto delicado na região.

Segundo Sérgio, que ocupa uma das esquinas da Avenida Farrapos há 11 anos, ele já viu muita coisa na região: lojas abrindo, fechando e a criminalidade aumentando cada vez mais. Mesmo apostando em todo o tipo de equipamento para manter o local protegido, o empresário já perdeu – em apenas um dos roubos – 30 mil reais.

“Eles vieram e bateram com o carro e quebraram vidro, janela, quebraram tudo e o prejuízo que foi para repor isso me assustou de uma maneira que eu queria ir embora, já não queria mais estar aqui. Foi bem complicado e isso eu tinha uns 4 ou 5 anos de loja já e estava com medo de vir trabalhar”, comenta o empresário.

A reportagem da RDC TV foi às ruas e percebeu que é consenso entre os que trabalham na região o fato de que a situação vem se agravando a cada ano que passa, o que afasta a movimentação e, consequentemente, os clientes. De acordo com Daivid Andrade, atendente de uma gráfica, o medo se instalou nos comerciantes.

“Se parar para conversar com o pessoal, comércio em volta, moradores em volta, eles vão reclamar que está ruim. De noite, a partir das 18h, então não dá para ficar na rua, então pessoal comenta que está bem complicado essa zona”.

Trabalhadores e comerciantes não querem nada excepcional ou que não tenha em regiões mais ricas da cidade. Eles clamam pelo básico, o direito de trabalhar com tranquilidade e com a certeza de que estarão resguardados pelas autoridades.

Segundo a Brigada Militar, os indicadores criminais na região são considerados satisfatórios. Desde o início do ano, 149 pessoas foram presas na região do quarto distrito. O capitão Marcelo Dallagnol, responsável pelo 9° batalhão, destaca a importância de fazer o boletim de ocorrência.

“Como funciona o planejamento do nosso emprego de efetivo diariamente: é feita uma análise dos indicadores criminais através dos nossos sistemas policiais e os recursos policiais são empregados naquelas localidades onde a mancha criminal está apontando”.

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