| Alice Ros |

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) determinou, em ofício encaminhado nessa terça-feira (02) aos hospitais gaúchos,  que as instituições ofereçam 50% dos seus leitos clínicos para tratar pacientes Covid. Com a medida, a SES espera aumentar para 11 mil a disponibilidade de leitos clínicos no Estado. 

No início da tarde de ontem, o Rio Grande do Sul atingiu o máximo de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) desde a chegada da Covid-19 no Estado. Com ocupação de 100,01%, quatro pacientes aguardavam vagas em leitos de UTI.

A decisão foi anunciada em reunião com o Gabinete de Crise da SES. 

“Ainda vamos continuar abrindo mais leitos de UTI, mas o Estado passou de 933 leitos, no início da pandemia, para 2.129, um aumento de 131%. O governo do Estado fez seu papel e mais do que dobrou a capacidade da rede de UTI SUS. Agora, espera-se uma maior participação do setor privado e de seus conveniados no atendimento de seus pacientes”, disse a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

A SES afirmou já ter comprado e distribuído 200 camas, 200 respiradores e 200 monitores para instituições hospitalares. No momento, a pasta está providenciando a compra de mais 60 monitores, 60 respiradores e 57 camas para equipar leitos existentes ou abrir novos. 

O Ministério da Saúde também garantiu que está enviando respiradores de transporte para dez hospitais da Região Metropolitana e interior.

“Como liberamos esta semana R$ 17,4 milhões para municípios em Gestão Plena, eles podem usar esses recursos inclusive para locar equipamentos, de acordo com a necessidade”, explicou Arita.

O governo estadual ainda anunciou a reativação do cadastro de voluntários e o lançamento de um cadastro para contratar fisioterapeutas, médicos, psicólogos e outros profissionais da saúde. Em anúncio das medidas, a secretária de Saúde disse que a medida foi tomada por conta da aceleração dos contágios pela nova variante da Covid-19.

“Mesmo com todas essas ações, a velocidade de transmissão do vírus é muito alta, porque esse vírus parece ser diferente, é quase uma outra pandemia. Precisamos da colaboração das pessoas para que os contágios deixem de acontecer”, alertou. 

Foto: Giulian Serafim / PMPA

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