A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) afirma que já está em negociação com a farmacêutica Bharat Biotech para realizar a compra de 5 milhões de doses da vacina Covaxin, produzida na Índia. Embora a Covaxin poderá tenha autorização para ser aplicada em caráter emergencial, a vacina, ainda não tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser distribuída no Brasil.
A liberação do órgão envolve diversos estágios. O processo estabelecido pela agência compreende a observação de possíveis reações adversas, a fase de avaliação de qualidade, de certificação de boas práticas de fabricação, o pedido de uso emergencial, o pedido de registro e o monitoramento do plano de gerenciamento de risco.
Membros da entidade viajam hoje para a cidade de Hyderabad, capital do estado de Telangana, no sul da Índia, para conhecer a fábrica da farmacêutica, que pode produzir 300 milhões de doses. A associação representa 200 clínicas, que equivalem a 70% do mercado privado nacional e terão prioridade na aquisição da vacina.
De acordo com a ABCVAC, o imunizante é administrado em duas doses, com intervalo de duas semanas entre elas. Na última fase antes da liberação para uso emergencial, ela foi aplicada em 26 mil voluntários em 22 localidades da Índia.
O Ministério da Saúde afirma, por sua vez, que o início da vacinação contra Covid-19 deverá ser realizado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), como previsto no Plano de Operacionalização da Vacinação.
“Na eventualidade da integração de clínicas particulares de vacinação ao Plano Nacional, é preciso observar que o registro da aplicação do imunizante precisaria ser feito junto à Rede Nacional de Dados de Saúde e à caderneta digital de vacinação. Esta rastreabilidade possibilita identificar quem tomou a vacina e em qual data, além de precisar o laboratório e o lote do imunizante, possibilitando a aplicação de uma segunda dose no prazo correto”, acrescenta o órgão, em nota.
“Os grupos prioritários, propostos pelo Ministério da Saúde em parceria com Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde] e Conasems [Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde], devem, a princípio, ser obedecidos mesmo que haja integração de clínicas particulares de vacinação ao processo de imunização”, diz o ministério.
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