No início da manhã de hoje (8), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua) realizou um ato contra a privatização da Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan).
Na semana passada, o governo gaúcho anunciou o leilão da Corsan para o dia 20 de dezembro. Em julho, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) havia suspendido a privatização da companhia, exigindo “correções na modelagem econômico-financeira” na venda de ações. Com isso, a empresa optou por colocar à venda a empresa toda em leilão com lance inicial de R$ 4,1 bilhões, ao invés de vender títulos a sócios.
A manifestação desta quinta-feira contou com a participação de trabalhadores do saneamento, entidades representativas, movimentos sociais e começou no Largo Glênio Peres, passou em frente ao TCE, e encerrou em frente à sede da Corsan, na rua Caldas Júnior. É o quarto protesto do ano e faz parte do movimento “RS pela água”. Os dois primeiros atos ocorreram em 28 de junho e 22 de setembro.
Na ocasião, os servidores questionaram a pressa do governo em privatizar a companhia e anunciaram uma greve. Além disso, o Sindiágua afirma que a empresa está sendo vendida por um valor equivalente a quatro anos de funcionamento, o que seria um preço muito abaixo do esperado.