| Roberto Trombini |
Explico: nessa, diferente das outras, teve hora pra começar. Foi la num dia de Março, quando pipocaram nos grupos de whatss mensagens que a onda estava se formando, áudios com depoimentos de pessoas lá do hemisfério norte testemunhando o desespero, os jornais locais dramatizando a cena…caos total.
Pronto: estava oficializada a quarentena no Brazzzil…e assim nos recolhemos a nossa insignificância de seres frágeis, suscetíveis ao que estava se apresentando.
Ok, corta pro ambiente corporativo: poucos ainda cientes e muitos perdidos, pois já dava pra sentir um pouco do tremor, mas ainda não avistávamos o tsunami.
Corre-se pra todos os lados, primeiro pra buscar proteção, paralisados em casa, inertes aos ataques do invisível inimigo: home office na turma! Ok, mas e o time do Gemba, os verdadeiros protagonistas do processo? Roupa da Nasa neles e procedimentos anti atômicos de comportamento…e que comecem as batalhas!
E assim viemos, entre protocolos, decretos, atividades essenciais, medidas provisórias, manifestos, gripezinhas e mandetas.
Aí é o meu ponto: e agora turma da firma? Com que armas iremos pro front?
Escuto os consultores, mentores e coaches de plantão profetizarem que agora sim chegou a hora de “colocar o cliente no centro das atenções” e “engajamento dos colaboradores” passa a ser uma medida de sobrevivência.
Deixa eu entender: então antes dos gafanhotos, isso não tinha a menor importância (clientes e colaboradores)? É isso mesmo produção!?
Apenas confirmou que meu indicador de ceticismo quanto aos pensadores desse mundo corporativo continua no modo “elevado-muito elevado”.
Claro, eles nasceram e se forjaram em home office. Havia me esquecido disso…nunca saíram dos seus casulos. Nunca jogaram o jogo.
Não entendem que corporação tem coração e pessoas tem alma…e que empresas são feitas “de e por” GENTE, isso mesmo, sempre maiúscula, desde que o mundo é mundo.
Simples assim!
E vou pro front…jogando junto com meu timaço em busca das melhores soluções pros nossos clientes!