Nesta quinta-feira (21), grupo de vereadores registraram três boletins de ocorrência contra manifestantes, em decorrência da confusão que aconteceu na Câmara de Vereadores de Porto Alegre na quarta-feira (20). Os parlamentares tiveram apoio de movimentos sociais.

Um dos registros foi contra uma mulher que, em vídeo, aparece chamando as vereadoras Daiana Santos (PCdoB) e Bruna Rodrigues (PCdoB) de “minha empregada”. A alegação é de racismo partindo da manifestante e de outras pessoas que participaram do ato.  A delegada responsável pelo caso e titular da Delegacia de Combate à Intolerância da Capital, Andrea Mattos, confirmou que alguns envolvidos tiveram a identidade confirmada. A Polícia Civil ainda trabalha na identificação dos nomes.

Outro boletim de ocorrência foi contra manifestante que teria agredido um dos assessores do vereador Aldacir Oliboni (PT). Um terceiro B.O foi contra apologia ao nazismo. Em manifestação contra o ocorrido no plenário da Câmara, a vereadora Bruna Rodrigues disse, “esse mesmo pessoal é o pessoal que olha para vereadoras como eu, a Daiana (Santos) e a vereadora Laura e fala que nós temos cara de empregada doméstica e fala que nós somos as empregadas delas, porque mulher negras para elas precisam ser empregadas”.

A confusão

Na tarde desta quarta-feira (20) foi registrada uma briga entre vereadores e manifestantes contrários ao passaporte vacinal. A confusão ocorreu durante uma discussão em relação ao veto do prefeito Sebastião Melo à exigência do comprovante vacinal para entrar em eventos. O vereador idenir Cecchim (MDB), que presidia a sessão, afirmou que manifestantes portavam cartazes com referências nazistas. O público foi retirado do plenário após o ocorrido.

A Câmara Municipal se manifestou em nota:

Em face dos acontecimentos ocorridos na tarde de hoje (20/10) nas dependências do Plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre, o presidente em exercício e a Mesa Diretora desta Casa repudiam com veemência qualquer tipo de manifestação política que utilize o expediente da violência. O plenário da Câmara Municipal é a expressão da democracia na capital dos gaúchos e suas decisões são soberanas. Este Legislativo rejeita qualquer forma de intimidação contra seus integrantes.

Em hipótese alguma esta Câmara aceitará apologia à suástica, símbolo do período mais obscuro da história moderna da humanidade. Aqueles que buscam impor suas vontades pela força ou pelo terror nunca terão guarida nesta Casa. Pelo contrário, tais indivíduos serão submetidos ao rigor da lei e responsabilizados por seus atos.”

Foto: vereador Matheus Gomes

 

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