Pela circulação do mosquito vetor da febre amarela no país, tudo indica que a doença chegue ao Rio Grande do Sul no segundo semestre do ano. Em razão disso, a Secretaria da Saúde (SES), por intermédio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), está desencadeando uma estratégia de vacinação em todo o território estadual, especialmente na área rural.

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores e tem dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. Trata-se de uma doença de alta letalidade, alerta Tani Ranieri, chefe da Divisão Epidemiológica do Cevs. Segundo ela, entre 40% e 45% dos casos evoluem para óbito.

Ela informa ainda que há um monitoramento constante do deslocamento dos mosquitos vetores nos corredores ecológicos, que já desceram por São Paulo, atingiram o Paraná e estão em Santa Catarina. “É provável que, a partir de setembro, seja identificada sua entrada no Estado”, diz.

A última morte de animais silvestres pela doença no RS ocorreu no período 2008/2009, quando houve o maior número de casos em primatas e humanos. O monitoramento da febre amarela ocorre o ano todo e a vacina é recomendada para todo o Estado. “Mas, neste momento, estamos mais preocupados com a população rural, que é de extremo risco”.

A vacina está à disposição nas unidades de saúde e quem já tomou a dose está imunizado para toda a vida. A cobertura vacinal está hoje em 67% da população gaúcha. Tani Ranieri salienta que a transmissão da doença não ocorre de pessoa para pessoa ou do primata (macaco) para pessoa. Ela se dá exclusivamente pelo vetor, que é o mosquito.

Foto: Agência Brasil

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