Análise: Os três temas inevitáveis
Polêmicas, contradições e promessas. O clima para as eleições a governador do Rio Grande do Sul já tem previsão de tempestades, céu de opiniões nubladas, instáveis, e alta oscilação de temperatura durante os debates. Até o momento, os nomes que disputam o Piratini são Onyx Lorenzoni (DEM), Alceu Moreira (MDB), Edegar Pretto (PT) e Luís Carlos Heinze (PP). Todos apresentam currículos de peso, sobretudo no que diz respeito à experiência política e afirmações controversas. No entanto, como ressaltou o ex-governador Germano Rigotto em uma entrevista ao Manhã RDC, a despeito da ideologia de cada um, há três temas que não poderão ser evitados pelos candidatos ao longo de suas campanhas:
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Plano de Recuperação Fiscal buscando a continuidade das medidas de ajuste fiscal;
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Retomada do desenvolvimento pós-pandemia via busca de atração de recursos para o Estado;
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Investimento em educação com foco no ensino fundamental
Rigotto ainda destacou que o Estado precisa ser receptivo com instrumentos de desburocratização, visando agilizar os processos e, consequentemente, o crescimento econômico gaúcho. Ao ser questionado sobre a questão do ajuste fiscal e das dívidas carregadas pelo Rio Grande do Sul – um problema já considerado “de praxe” e que passa de governador para governador -, Rigotto foi categórico: “Não vejo alternativa fora da Lei de Recuperação Fiscal”.
O governo atual e o futuro têm que discutir com a União de uma forma que não aconteça um engessamento total do Estado, no sentido de não poderem ser feitos investimentos em setores essenciais – Saúde, Segurança e Educação, especialmente.