Foto: Reprodução

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na tarde deste domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo. Vestindo camisetas verde e amarela portando bandeiras do Brasil e de Israel, eles chegaram ao encontro em ônibus com placas do interior de São Paulo e de outros estados, nas primeiras horas da manhã. Alguns portavam bandeiras de Israel.

Na última semana, o governo de Benjamin Netanyahu foi criticado por Lula, que chamou de genocídio a morte de palestinos em Gaza e comparou as ações do Exército israelense ao extermínio de judeus por nazistas no Holocausto. Em resposta, Israel declarou Lula “persona non grata”, o que significa que sua presença não é bem-vinda.

Manifestação

Em vídeo divulgado no dia 13, Bolsonaro ressaltou que o ato seria “pacífico” e pediu aos apoiadores que evitassem levar faixas “contra quem quer que seja”, alguns apoiadores levaram cartazes contrários ao comunismo e com lemas em defesa da pátria e da família. O ato ocupava seis quarteirões e meio da paulista, por volta das 16h. A Polícia Militar mobilizou 2 mil homens para fazer a segurança na avenida.

No ápice na Avenida Paulista, reuniu 185 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). O levantamento foi feito a partir de imagens analisadas por um software. Foram tiradas 43 fotos entre as 15h — horário aproximado da chegada de Bolsonaro à manifestação — e as 17h, quando ele já havia ido embora.

Cada uma dessas fotos foi repartida em 8 pedaços, que foram submetidos a um software que identifica cabeças e estima a quantidade de pessoas na imagem. Segundo o estudo, o pico de 185 mil era por volta das 15h. Às 17h, havia entre 45 mil e 30 mil pessoas.

Presentes no Ato

Bolsonaro chegou ao local pouco depois das 14h. O ex-presidente estava acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do deputado federal Tenente-coronel Zucco (PL-RS). No palanque, Bolsonaro ficou ao lado da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, dos filhos, de ex-ministros, parlamentares e aliados políticos.

Michele Bolsonaro abriu o ato com uma manifestação religiosa. Proibido de manter contato com Bolsonaro e outros investigados de tentativa de golpe de Estado, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, fez um rápido discurso no início do ato, agradeceu a presença dos militantes e deixou o local.

Na sequência, discursaram os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG). Há um cuidado especial com o uso da palavra, para evitar que haja ataques ao STF ou incitações à intervenção militar e golpe de Estado. Embora mais de cem deputados tenham confirmado presença, pouco mais de 10 pessoas deram discursos.

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