Foto: Câmara de Vereadores de Caxias / Reprodução

A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul rejeitou o pedido de cassação do mandato do vereador Sandro Fantinel (sem partido) nesta terça-feira (16), por 9 votos a 13.

No entendimento de nove dos parlamentares, ele não feriu o decoro parlamentar após falas preconceituosas contra os baianos no plenário da Casa em 28 de fevereiro. Fantinel precisava de oito votos. Agora, o vereador segue o seu mandato na Câmara pelo restante da Legislatura, que se encerra no final de 2024. Mesmo com a rejeição dos vereadores, o caso será notificado à Justiça Eleitoral.

A fala que gerou a acusação aconteceu em fevereiro deste ano, quando Fantinel comentou o caso em que 207 trabalhadores foram resgatados em situação semelhante à escravidão em Bento Gonçalves. O resgate aconteceu em 22 de fevereiro. As declarações ocorreram durante fala na tribuna da câmara seis dias depois, em 28 de fevereiro.

Em seu discurso xenofóbico, o parlamentar pediu que os produtores da região “não contratem mais aquela gente lá de cima”, se referindo a trabalhadores vindos da Bahia. Disse, ainda, que “a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor”. A maioria deles foi contratada para a colheita da uva e viajou do Nordeste para o Rio Grande do Sul. Fantinel sugere que se dê preferência a empregados vindos da argentina, que, segundo ele, seriam “limpos, trabalhadores e corretos”.

Em março deste ano, Fantinel foi expulso do Patriota, seu antigo partido. As faltas também foram repudiadas pelos governadores do RS, Eduardo Leite (PSDB), e da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).

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