| Lívia Rossa |

Em entrevista ao programa Cruzando as Conversas, da RDC TV, nessa terça-feira (7), a candidata à Prefeitura de Porto, Juliana Brizola (PDT), iniciou entrevista comentando a situação da pandemia da Covid-19 e os desafios para o gestor que assumir o cargo. Ao seu lado está a candidata a vice-prefeita Maria Luiza Loose (PSB), em coligação “Porto Alegre de novo”.

Juliana é neta de Leonel Brizola. Foi vereadora e atualmente é deputada pelo terceiro mandato. Juliana é líder pela bancada do PDT na Assembleia Legislativa. Também possui formação em Direito, Mestre em Ciências Criminais.

Pandemia da Covid-19

Considerando a imunização total da população a maior tarefa do próximo prefeito (não só de Porto Alegre, mas também dos demais representantes em todo o Brasil), Juliana diz que esta é uma preocupação que os postulantes à prefeitura devem começar a se preocupar, principalmente no que diz respeito à aquisição da vacina e à organização da imunização.

“Nosso programa chamado Vacina Porto Alegre prevê isso, nós teremos essa tarefa e vamos concretizá-la dentro do orçamento”, afirmou.

Segundo a candidata, a maior tarefa é a organização de tal imunização considerando o cenário pandêmico.

Mobilidade urbana

A respeito da situação da mobilidade urbana em Porto Alegre, sobretudo a realidade dos ônibus, Juliana disse que a tarifa atual é cara, acrescida do fato de que o serviço não é confortável. Além disso, a prefeiturável lembrou da questão das isenções e do atual valor que não agrada aos concessionários.

“Nós entendemos que o mais importante na mobilidade urbana é que o próximo gestor faça uma grande auditoria para comparar as planilhas, para saber se o preço da passagem está alto e se a contrapartida está baixa, saber se as isenções estão justas”, acrescentou a candidata.

Outro aspecto levantado por Juliana para solucionar a questão da mobilidade consiste no diálogo junto de motoristas, concessionários e usuários.

Utilizando a expressão “caixa preta”, a prefeiturável afirma que se a passagem está alta e o serviço dado à população não é adequado e nem de qualidade e os próprios concessionários dizem que o preço da passagem não é viável “há algo errado e precisamos verificar as planilhas para ver se existe um gargalo errado”, disse em entrevista.

Sistema de trens urbanos

Em referência à proposta que considera a viabilidade orçamentária e a gestão de tal orçamento, Juliana considera a mobilidade urbana como “qualidade de vida” e, portanto, “deve ser prioridade”.

A candidata afirmou que está formando um time para viabilizar a mobilidade urbana em Porto Alegre e um dos intuitos seria, então, a modernização do sistema, incluindo os trens.

Sobre sair do plano das propostas, a candidata diz que existe um orçamento previsto e que é necessário listar prioridades. A proposta de modernização entraria nesta lista  já que “o transporte público na Capital é muito precário”.

Questionada sobre possível parceria com a iniciativa privada, Juliana afirma que “com certeza realizaria, desde que em benefício da população”.

Dívida

“Existe, sim, um déficit da fiscalização das sonegações. Acho que essa é uma tarefa importante que o próximo prefeito deverá se debruçar, afirma Juliana sobre o orçamento.

Para a candidata, a Receita do município inclui a fiscalização, sendo, além da execução, uma tarefa do prefeito. “Precisamos saber exatamente quem deve e porque deve”, disse.

Quanto à inadimplência de empresas e pessoas físicas, considerando situação da pandemia, Juliana comenta a busca por política que possa facilitar o pagamento e para que as pessoas voltem a quitar suas dívidas.

Despesa alta do lixo

“Complexa”, foi como a prefeiturável definiu a questão do lixo em Porto Alegre, acrescentando que seria necessário ter algum lugar na própria cidade para o descarte do lixo.

Ela afirma que o assunto precisa “ser tratado com muito carinho”, não só por não haver um local para despejo dos rejeitos em Porto Alegre, mas também pela cidade ter aparência de suja por conta do lixo.

Retomada da economia

Tendo em vista a Lei da Liberdade Econômica, Juliana diz que seria necessário conversar e ver onde chegaria a liberdade econômica, mas que não revogaria.

“O PDT tem claro um projeto de desenvolvimento nacional para o Brasil e queremos replicar esse projeto para Porto Alegre com grande plano de obras públicas, já que a Contrução Civil é o que há de maior geração de emprego e renda”, disse.

A candidata afirma que o PDT não possui problemas com a liberdade econômica, mas que defende um Estado indutor de políticas públicas para aqueles que mais precisam. “Economia e inovação entendemos que é algo que Porto Alegre não possa abrir mão”, falou a candidata.

Revitalização do Cais Mauá

Pensando no turismo como uma possibilidade para Porto Alegre, Juliana disse que a cidade tem, sim, qualidades para se tornar mais turística.

“As pessoas têm curiosidade de conhecer os gaúchos e às vezes se decepcionam. Quero dar olhar especial àquele ponto da cidade pois entendo que isso possa fomentar a indústria do turismo”, afirmou.

Planos para educação

Para tratar da questão escolar, a prefeiturável acredita que políticas públicas sejam necessárias. Em sua opinião, a escola em tempo integral é atrativa por ser “uma continuação do útero materno”, a medida que promove atividades nos âmbitos da cultura e do esporte.

“Queremos tratar da evasão escolar com uma instituição mais atrativa. Hoje a escola não atri porque a merenda é ruim, há pouco tempo para o aprendizado e, na maioria das vezes, são muitos alunos em uma sala de aula e um só professor. Queremos mostrar que na escola pode haver atrativos e também trazer mais tecnologia e inovação”, acrescentou.

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