| Lívia Rossa |
Manuela D’Ávila, candidata pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em coligação junto ao Partido dos Trabalhadores (PT), ao lado do candidato a vice Miguel Rossetto.
Manuela é jornalista, mestre em políticas públicas. Foi vereadora, presidiu a comissão de educação. Em 2004, foi eleita vereadora. Após, foi eleita deputada federal duas vezes, em 2006 e 2010. Por fim, decidiu voltar ao Rio Grande do Sul e concorreu à deputada estadual.
Confira a entrevista concedida no programa Cruzando as Conversas, nesta segunda-feira (20), na RDC TV:
Apresentação Inicial
Em apresentação inicial, a candidata disse querer ser prefeita a fim de “garantir que Porto Alegre trate melhor as pessoas”. Além disso, a candidata espera “garantir políticas de trabalho e renda que dignifique e faça com que a participação seja um elemento de transformação social”.
Formato de Administração
Para a candidata à Prefeitura, uma administração local deve garantir a ampla participação da população. “Nós queremos garantir trabalho e renda para as pessoas”, falou.
Ainda segundo Manuela, é importante garantir serviços públicos de qualidade.
Liderança nas Pesquisas e Taxa de Rejeição
“Monitoro pesquisas frequentemente e sei que nós vencemos em todos os cenários de segundo turno. Talvez por isso eles não estejam sendo publicados. Porque há o interesse de dar entender que nós não vencemos, mas tenho acompanhado e sei que vencemos”, afirmou a postulante ao paço.
Complementando a informação sobre taxa de rejeição, Manuela prefere a visão de que, quando a rejeição chega aos 30%, significa que possuem 70% dos homens e mulheres da cidade para conversar.
A reprovação, conforme a candidata, se deve ao fato da mesma se considerar alvo de inverdades. “Nos últimos anos, eu fui o principal alvo das mentiras, das fakenews e das redes do ódio do nosso país. Portanto, a minha rejeição é feita a partir de mentiras”, disse.
Déficit
Segundo Manuela, desde 2013, a prefeitura possui um balanço equilibrado e o prefeito teria realizado um grande esforço “enviando para a Câmara número para realizar certo malabarismo contábil causando uma situação de crise”, já que, para a candidata, “nós tivemos o pior investimento público da década” fazendo com que a cidade se encontre abandonada e com serviços públicos cada vez piores.
Para a prefeiturável, não existe a crise levantada pelo prefeito Nelson Marchezan e, sim, “um equilíbrio fiscal desde 2013”, complementando que, se os dados fossem revisados, seria constatado superávit.
“Estranhamente, Porto Alegre amanheceu, no ano eleitoral, repleta de obras. Ou seja, parece que o dinheiro, o superávit, foi feito para os investimentos acontecerem neste ano e encherem as propagandas de obras em andamento”, afirmou.
Manuela ressaltou a importância de não se cuidar somente da despesa, mas também da arrecadação. Para isso, a candidata acredita que essa cobrança deva ser realizada de forma permanente, com cuidado, combatendo a sonegação.
Microcrédito
Caso eleita, Manuela prevê o desenvolvimento de política focada na política de trabalho e renda para as pessoas, como o microcrédito.
“Os números que as pessoas em geral imaginam são muito pequenos. Nós trabalhamos com a ideia de um fundo garantidor da prefeitura, e que qualquer instituição bancária aceitaria, para alcançarmos R$200 milhões de empréstimos”, afirmou.
Aumento do IPTU
Considerando hipótese de assumir o paço municipal, após envio para a Câmara, Manuela gostaria de não efetivar o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) prevista para este ano, tanto o comercial, quanto o industrial.
Em apoio aos pequenos e médios empresários, donos do próprio negócio, a candidata colocou: “Isso significaria cerca de R$32 milhões que a Prefeitura abriria mão, em pacto com o empresariado para eles poderem retomar suas atividades”.