Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, espera esclarecimento rápido. Foto: Joédosn Alves/Agência Brasil

Nesta terça-feira (15), uma interrupção no fornecimento de energia elétrica afetou todo o território brasileiro, gerando preocupações acerca da estabilidade do sistema elétrico nacional. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou a necessidade de uma investigação minuciosa para determinar as causas e consequências desse incidente incomum.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estão conduzindo investigações internas para esclarecer o ocorrido. Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública foi acionado para que a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) participem ativamente da apuração.

Silveira ressaltou a complexidade técnica do ONS, apontando que a identificação de fatores humanos ou intencionais pode ser dificultada pela natureza técnica do setor energético.

O governo já identificou que uma sobrecarga em uma linha de transmissão de energia no Ceará desencadeou o colapso das regiões Norte e Nordeste. Como medida preventiva, o ONS ajustou a carga nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, resultando na redução temporária do fornecimento de energia. A interrupção afetou uma capacidade de aproximadamente 16 mil megawatts (MW).

O ministro indicou a possibilidade de um segundo evento ter ocorrido simultaneamente, intensificando os impactos da interrupção. Ele citou a resiliência do sistema elétrico do Brasil e mencionou eventos passados de ataques a torres de transmissão como exemplos da redundância necessária para causar um impacto significativo.

Silveira espera que o ONS esclareça as causas desse incidente dentro de 48 horas. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a energia foi restaurada cerca de uma hora após a interrupção, enquanto no Norte e Nordeste o fornecimento foi completamente restabelecido às 14h49.

Apesar do contratempo, Silveira afirmou que o incidente não está relacionado ao suprimento energético do Brasil, destacando a capacidade atual dos reservatórios. Ele mencionou a recente exportação de energia para a Argentina como prova da resiliência do sistema.

A interrupção afetou 25 estados e o Distrito Federal, impactando cerca de 27 milhões de pessoas. A exceção foi Roraima, que não está integrado ao Sistema Interligado Nacional.

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