A nova versão do projeto de reestruturação do Ipê Saúde foi recebido com ressalvas pela base aliada do governo na Assembleia Legislativa. Aprovar a proposta será o maior desafio da segunda gestão do governo Leite. O novo projeto mantém a cobrança por dependentes, mas com percentual menor.
Também foi criado um limite de doze por cento na contribuição e haverá aumento da alíquota de 3,1 para 3,6%./ Segundo o governador Eduardo Leite, a previsão de arrecadação caiu de 900 milhões para 720 milhões de reais. “Entendemos que a gente precisa encontrar um ponto de equilíbrio entre o que é necessário para pagar para termos um serviço de qualidade e o que é tolerável para os servidores”, explicou.
A nova proposta deve ser encaminhada à Assembleia até o final da semana. Segundo o líder do governo, deputado Frederico Antunes, será solicitada tramitação em regime de urgência. Com isso, o projeto não passa pelas comissões permanentes e deve ser votado em trinta dias.
No Legislativo, o clima é de apreensão. As bancadas que apoiam o governo tentam convencer os aliados a aprovarem a nova versão do projeto.
O deputado Elton Weber entende que a alteração com um novo limitador é um avanço. “Do jeito que estava o texto original nós avisamos ao governador que não aprovaria”, relatou.
O governo Leite enfrenta dissidências dentro da base aliada. E ainda tem os partidos independentes, que podem votar contra. A oposição deve apresentar emendas que vão modificar o projeto. “Pelo que conheço dos colegas da Casa, o debate está em aberto. Tenho minhas dúvidas sobre a viabilidade dessa proposta”, observou o Professor Claudio, deputado do Podemos/RS.