| Alice Ros |
A candidata Maria Luiza Loose (PDT), que concorre como vice-prefeita de Porto Alegre ao lado de Juliana Brizola (PDT), concedeu entrevista ao Portal RDC desta terça-feira (06) e apresentou as principais propostas da coligação Porto, alegre de novo.
Em defesa do protagonismo feminino na política, Maria Luiza é membro do diretório nacional do PSB e coordenadora estadual das Mulheres Socialistas. A candidata possui formação técnica em segurança do trabalho e atua como pedagoga.
“Honrada por sermos a primeira chapa majoritária de prefeita e vice”, afirma. Diante do período eleitoral, Maria Luiza considera “um grande desafio” a formação de uma chapa feminina em um cenário tradicionalmente masculino, mas considera que a candidatura traz à tona novas discussões: “Dois homens podem. Por que duas mulheres não podem?”, questionou.
A seguir, confira os principais destaques da entrevista:
Educação
Maria Luiza acredita que o baixo rendimento escolar, identificado no índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de Porto Alegre em 2019 (média da rede municipal nos anos iniciais foi 4,9 e nos anos finais foi 3,7), está relacionado ao despreparo dos educadores e ao desabastecimento de tecnologias nas instituições de ensino.
Segundo a candidata, o assunto “é bem complexo. Nós, que estamos dentro de uma escola pública, temos vários fatores. Tem crianças que chegam até o sexto ano sem saber ler e escrever”.
“Hoje, já temos tecnologia na palma da mão. Como as escolas estão preparadas para atender crianças?”, disse Maria Luiza.
Para a candidata a vice-prefeita, é prioritário pensar na estrutura de acesso à educação, tanto para professores quanto para alunos. “A remuneração é importante. Muitas vezes, a escola tem uma estrutura ruim. Como eu, enquanto funcionário, me sinto motivado? Como a profissional de educação especial conversa com a professora que está no turno inverso?”, indicou.
Maria Luiza ainda defendeu o diálogo entre a comunidade escolar, e disse que quando isso não acontece, é um problema que precisa ser aprimorado dentro da própria escola. “Temos que pensar em como vamos atuar para superar o ensino”, disse, reiterando que muitos pais “saem lá de suas casas e vão na vendinha para acessar internet” e retirar cestas básicas nas instituições de ensino.
Inclusão e acessibilidade
“Porto Alegre tem uma dicotomia muito grande”, indicou a candidata, alegando que falta acessibilidade para cadeirantes e deficientes visuais.
Em alusão, Maria Luiza defendeu que a população da capital “bote uma venda e ande uma quadra. Vão se deparar com muitos obstáculos”, disse.
Como plano de governo, a candidata a vice-prefeita propõe que é preciso “pensar a cidade como um todo”, destacando um novo planejamento de parques e ciclovias.
“Pensar no bem-estar da população, independente do partido”
“Pluralidade” foi a palavra escolhida por Maria Luiza para representar as ações propostas para Porto Alegre. De acordo com a candidata, a capital deve reforçar a união entre os poderes e a Câmara de Vereadores. “Todos juntos, não sabotando”, encerrou.