| Lívia Rossa |

Em entrevista ao programa Cruzando as Conversas, desta segunda-feira (12), o candidato Rodrigo Maroni (PR) abordou suas propostas e fez apontamentos sobre os planos dos demais candidatos.

Confira alguns aspectos da entrevista:

Jeito polêmico

Perguntado sobre comportamento polêmico, Maroni afirmou que não ficaria ofendido de ser chamado de “metralhadora” no meio político. “Não ficaria mal em ser uma metralhadora no meio da política. Acredito que é, no mínimo coerente, com a política do Brasil”, disse.

Em relação aos demais candidatos, o prefeiturável acredita que as pessoas gostam de aparentar serem pessoas distintas em suas vidas pessoais e na política, com intenção, de acordo com Maroni, de passar uma mensagem séria à população.

“Primeiro, esse discurso meio fiado, essa conversa meio mole, acho que têm uma intenção de passar uma seriedade para a população. Segundo, todos [os demais candidatos] têm o rabo meio preso. Isso não me inclui. Se eu tivesse rabo preso, não estaria falando assim”, afirmou.

Menção à Manuela D’Ávila

Segundo o candidato, “quem não gosta de entrar na ferida é porque tem medo de entrar na ferida. Não sou metralhadora que não pode ser atacada”. Ele ressalta, porém: “não tenho ódio de ninguém, tenho constatações”.

A própria constatação é uma resposta ao comportamento relacionado à candidata Manuela D’Ávila, do partido PCdoB, com quem o candidato já teve um relacionamento no passado.

“Sobre a Manuela, as pessoas dizem que é pessoal. Todo mundo que viveu conosco sabe que não é pessoal. Eu não concordo com a prática dela política, pessoal, assim como não concordo com o Fortunatti que aparelhou a prefeitura para a mulher dele”, comentou.

Covid-19

Em relação à pandemia da Covid-19, Maroni acredita que o prefeito não teria muitas atitudes a tomar, a não ser segurar as pontas.

“Primeiro que eu não tenho conhecimento [científico sobre o vírus]. Segundo, que ninguém tem conhecimento. Terceiro, se fosse para disputar o coronavírus o ‘cara’ tinha que ser secretário da ONU, homenageado. Não candidato prefeito”, disse.

Em sua posição, Maroni acredita que poderia aconselhar a população: “O que eu diria com toda a coerência: Tem que sair para trabalhar? Está passando fome? Sai. Não tem que sair para trabalhar? É criança, idoso, rico, estável. Fica em casa”.

Gestão Marchezan

Na opinião do prefeiturável, Marchezan dirigiu mal a Prefeitura de Porto Alegre. “Péssima [a gestão], ele é muito ruim. Eu faria tudo [diferente]. A começar pela relação que ele tinha com o vice-prefeito. A relação que ele tinha com o serviço público. A relação que ele tinha com a cidade”, complementou Maroni.

Ainda sobre o atual prefeito, Maroni disse que Marchezan como pessoa é cordial e respeitoso, porém, como político, “fez um discurso para setores da classe média e burguesia. É um cara difícil de lidar”.

Considerações finais

Maroni finalizou a entrevista dizendo que seu estilo é “assim mesmo” e que não faz gênero para campanha. Ele também afirmou que, se a causa animal tiver repercutido, a campanha terá valido a pena.

“Não falo nada de jeitão, de estilo de campanha. Acho brega, acho que cafona. Não é meu estilo. Quem me conhece sabe que eu sou assim. Tem gente que pensa que é peça publicitária. Eu venho para representar a causa dos animais. Independentemente do resultado eleitoral, é um tema que me impulsionou eleitoralmente. Ninguém nunca tinha colocado no centro da pauta. Um animal não tem disputa, não tem ego, não tem vaidade. Se daqui dez anos alguém me falar que a partir daquela eleição de prefeito alguém me disser que valeu a pena por ter adotado um animal, já valeu”, finalizou.

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