O aumento do preço da gasolina projetado pelo governo brasileiro pode fazer com que o país caia mais de dez posições no ranking das gasolinas mais baratas do mundo.

Pelo ranking semanal elaborado pelo site Global Petrol Prices, o Brasil é hoje o 29º país com a gasolina mais barata do mundo, com um preço médio de R$ 5,07 por litro. Com as mudanças anunciadas nesta semana, o Brasil cairia ao menos para 42º no ranking — considerando apenas a alteração do preço praticado no país com a reoneração anunciada pelo governo federal.

O Brasil passa por uma reformulação nas políticas relacionadas ao preço do petróleo. No ano passado, o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) havia cortado impostos sobre o preço dos combustíveis — algo que muitos na oposição acusaram ser uma medida meramente eleitoreira, o que o governo da época negou. A justificativa dada era ajudar a conter a escalada da inflação.

Agora, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PL) anunciou a reoneração da gasolina. Com os tributos de volta, a gasolina custará R$ 0,47 a mais por litro; e o etanol, R$ 0,02.

Mas, no mesmo dia do anúncio, a Petrobras divulgou que o preço da gasolina nas distribuidoras cairá R$ 0,13 — passando de R$ 3,31 para R$ 3,18.

Com isso, o efeito total das mudanças de preço anunciadas pelo governo e pela Petrobras será de um aumento de ao menos R$ 0,34 no litro.

É importante ressaltar que esses preços citados são os praticados na venda às distribuidoras de combustíveis.

O impacto final da reoneração na bomba pode variar em todo o país, dependendo dos custos de produção e da margem de lucro das distribuidoras.

Além disso, os postos têm liberdade para estipular os preços cobrados do consumidor final, o que significa que o impacto na bomba pode ser ainda maior.

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