A proposta de reestruturação do Ipê Saúde foi apresentada aos deputados da base aliada do governo na Assembleia Legislativa. Mas a oposição já obteve o texto e prepara emendas ao projeto que aumentará a alíquota e cobrará mensalidade dos dependentes.
Sem votação em plenário nesta semana, os deputados começaram a falar na tribuna sobre o novo modelo de financiamento para viabilizar o plano de saúde estadual. O governo Leite pretende aumentar a alíquota de 3 para 3,6% de desconto nos salários dos servidores e cobrar mensalidades dos dependentes conforme a faixa etária. Os mais velhos vão pagar mais. “O usuário que tem um cônjuge com 50 anos vai pagar mais 500 reais. Um servidor da Educação, da Brigada, não tem como pagar”, destacou a deputada Sofia Cavedon (PT).
Para a base aliada, o Estado está tentando evitar a falência do instituto que enfrenta um déficit de 250 milhões de reais e não reajusta os salários dos médicos a 12 anos. “Esse aumento de alíquota que governo está propondo, qual o impacto na receita do instituto? Precisamos saber. Vai ficar superavitário? Vai ficar no zero a zero? “, questionou o deputado Rodrigo Lorenzoni (PL).
A proposta de reestruturação do Ipê Saúde vai agora receber sugestões de entidades dos servidores, médicos e trabalhadores. O projeto deve ser protocolado na Assembleia Legislativa no início de maio.