Próximos do fundo do poço

Excetuando as atitudes midiáticas, Biden e Trump não mostraram diferenças. O debate real sobre a Economia, que poderia dar algum parâmetro, esteve ausente da campanha. Trataram de problemas pessoais: sonegação de impostos do presidente e casos de corrupção com parentes do adversário.

É uma evidência

Tema do qual os candidatos fogem: não há economia que prospere com a dívida pública subindo mais velozmente do que a produção e a receita das prefeituras.

Linhas que não se encontram

“Governos querem cortes, políticos querem gastos.”

É a manchete que há décadas frequenta os jornais.

Mudança radical

Com o isolamento e sem campanhas nas ruas, as câmaras municipais serão povoadas por novos integrantes que tentam cativar os eleitores apenas pelas redes sociais. Nos espaços de propaganda em rádio e TV, aparecem pouco porque a quantidade de candidatos aumentou. A situação equivale ao que se estabelece entre pessoas que não se conhecem e começam relacionamento.

Situação muito difícil

A Assembleia Legislativa terá prazo até o dia 30 deste mês para votar a Lei Orçamentária do Estado de 2021. O déficit inicialmente previsto era de 8 bilhões de reais. Com a crise, subiu para 13 bilhões de reais, gerando susto. Foi o motivo que levou à realização de sete reuniões da Comissão Finanças nas últimas semanas, incluindo todos os poderes. O Executivo não poderá arcar sozinho com a tarefa de descascar o abacaxi sem faca.

Recurso da Informática

Levantamento do Institute for Democracy and Electoral Assistance, que tem sede na Suécia, mostra que 46 países utilizam votações eletrônicas, sejam nacionais ou regionais. Portanto, dispensam qualquer cédula física.

Ficha conhecida

O presidente Jair Bolsonaro elogiou ontem Fernando Collor durante evento em Alagoas, dizendo que “é um homem que luta pelo interesse do Brasil”. Faz parte da política de aproximações, visando às eleições de 2022, mas não precisava exagerar. Collor revelou-se ao fazer o maior confisco da poupança da história do país, provocando prejuízo brutal à população. Ao mesmo tempo, misturou o dinheiro público com o seu.

Rejeita limite

O Estado do Rio de Janeiro conseguiu escapar do nocaute. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, adiou mais uma vez o julgamento da ação sobre a constitucionalidade da proposta que altera a distribuição dos royalties do petróleo entre estados e municípios. A sessão estava agendada para o dia 3 de dezembro. Se for aplicada a regra aprovada pelo Congresso, determinando a redistribuição, o Rio de Janeiro perderá 57 bilhões de reais nos próximos cinco anos.

Ganha e esbanja

A maior parte dos benefícios dos royalties não pode cair apenas no cofre do Rio de Janeiro pelo fato de ter reservas em sua plataforma marítima. O país é um só.

Descarrilou

Apenas 11 dos 200 respiradores comprados pelo governo de Santa Catarina, no início da pandemia, estão sendo utilizados. O custo total foi de 33 milhões de reais. O negócio tornou-se alvo da Operação Oxigênio, que apura supostas irregularidades. Douglas Borba, ex-secretário da Casa Civil, está preso e o governador afastado Carlos Moisés enfrenta processo de impeachment.

Pé no freio

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo acompanha bem de perto: caiu pelo segundo mês consecutivo o número de brasileiros com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestação de carro e de casa.

Terá lucro

O acordo de delação premiada do empresário Eike Batista com a Procuradoria-Geral da República foi homologado ontem pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. A única informação liberada: ele pagará 800 milhões de reais como multa, depois de tudo que fez. Muitos interpretarão que o crime compensa. O documento, que está sob sigilo, tem 32 cláusulas e 18 anexos, incluindo depoimentos e documentos apresentados por Eike.

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