O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite esteve reunido na manhã desta quarta-feira(8) com o Procurador-Geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira para discutir ações para impedir explorações de trabalhadores depois das denúncias de trabalho análogo à escravidão na Serra, em Bento Gonçalves.
O procurador falou sobre a punição das vinícolas envolvidas e que os homens resgatados eram funcionários da Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTDA, que prestava serviços para vinícolas como a Salton, Aurora e Garibaldi.
“Nós não estamos falando de um trabalhador, mas de centenas e esse número ainda pode aumentar. Então, a ideia é fazer com que a pauta não seja importante apenas para esses trabalhadores, mas para todo o setor. O trabalho indecente não pode ser aceito”.
O Governador Eduardo Leite assim como o Procurador, também reforçou a importância do comprometimento das três vinículas para enfrentarem esse tipo de prática.“O governo tem a mesma indignação que a sociedade teve, não apenas no Rio Grande do Sul, sobre o que se observou na Serra. Estamos comprometidos a garantir para a população que essas ações sejam repudiadas, buscando punir os culpados, para que o Estado esteja livre deste tipo de prática.”
O Ministério Público do Trabalho entregou ao governador gaúcho um termo de cooperação. O objetivo é dar rapidez ao processo e ampliar ações similares.
Uma nova audiência entre o Ministério Público do Trabalho e as três vinícolas que contrataram os trabalhadores será realizada nesta quinta-feira. Este será o terceiro encontro, na tentativa de definir novas medidas e o pagamento de indenização. A expectativa é que o órgão consiga chegar a um acordo com as empresas para assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Para isso, as empresas adotariam ações e pagariam um valor estipulado para evitar um processo judicial.