Os deputados começaram a discutir a nova proposta do governo para reestruturar o Ipê Saúde. Foi apresentada hoje a primeira emenda ao projeto, que já está em tramitação na Assembleia Legislativa e deve ser votado em 30 dias.
O governo do estado lançou uma ferramenta para calcular os valores das futuras contribuições, que recebeu críticas da oposição. O Executivo quer aumentar as alíquotas de 3,1 para 3,6%. Os dependentes passam a contribuir conforme a idade.
A bancada do PL apresentou a primeira emenda à proposta do governo, buscando a equidade salarial. “Pessoas com menor salário não podem pagar o mesmo que quem ganha mais. Essa emenda corrige isso”, disse a deputada Adriana Lara, deputada do PL. Mas a base aliada vai ter dificuldades para conseguir aprovar o projeto.
A bancada do União Brasil reclama que não há previsão para reajustar os honorários dos médicos do ipê. “nos últimos 20 dias, mais de 300 médicos saíram do plano só em Porto Alegre”, alertou o médico e deputado Thiago Duarte.
O governo do Estado criou uma ferramenta para que os usuários saibam como vai ficar a nova contribuição caso o projeto do IPE Saúde seja aprovado. Trata-se de um simulador da contribuição do plano principal. A plataforma pode ser acessada no site do ipe saude, na página inicial (ipesaude.rs.gov.br).
O titular insere dados como salário de contribuição e número de dependentes para obter o valor de desconto. A deputada Sofia Cavedon (PT) criticou o simulador do governo ao fazer uma comparação com o piso do magistério. “A simulação é para ter uma ideia do que vai pagar em relação com que tu paga hoje.
O governo apresenta o que tu pagarás em comparação com planos privados, acredite se quiser”, ressaltou a parlamentar petista. Mesmo com um limite de doze por cento de desconto na remuneração dos servidores, a nova proposta do IPE Saúde corre riscos de não ser aprovada em plenário.