O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, acatou o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e mandou apagar posts nas redes sociais do deputado André Janones (Avante-MG). As publicações indicam apoio do atual presidente aos atos de Roberto Jefferson (PTB). Ontem (23), o ex-parlamentar resistiu à prisão e atirou contra policiais federais. Os posts ainda indicam que o trabalhista seria coordenador de campanha do atual presidente. Bolsonaro nega a informação.
Na noite de ontem, após a prisão de Jefferson, Bolsonaro se pronunciando sobre o caso, chamando o ex-deputado de bandido. “Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”.
– Prisão do criminoso Roberto Jefferson. pic.twitter.com/kWYq4GqRNp
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 23, 2022
Moraes justificou sua decisão em retirar os posts, afirmando que eles “se descolam da realidade” e induzem negativamente o eleitor, com inverdades sobre o apoio de Bolsonaro aos atos de Jefferson e sua suposta coordenação na campanha do candidato do PL. O ministro determinou que as plataformas Twitter e Instagram apaguem as publicações de Janones em duas horas após receberam notificação, sob pena de multa de R$ 100 mil. O deputado também não pode mais publicar as informações derrubadas, ficando sujeito a multa no mesmo valor em caso de descumprimento.
Os policiais atingidos por estilhaços – o delegado Marcelo Vilella e a agente Karina Oliveira – tiveram ferimentos leves e passam bem após receberem atendimento hospitalar, segundo a Polícia Federal (PF).