A atual vice-presidente e ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner foi condenada hoje (6) por corrupção, sob a acusação de ter chefiado uma organização criminosa com o objetivo de desviar dinheiro público do país.
A pena máxima para o crime é de doze anos de prisão, porém a política não será detida pois ela possui foro privilegiado. Além disso, Kirchner poderá se candidatar a um novo mandato mesmo com a condenação em primeira instância. Ela só perderá o direito de concorrer a um cargo público, caso também seja declarada culpada em última instância.
Condenação
As fraudes apontadas na condenação de Cristina Kirchner somam US$ 1 bilhão em prejuízos à Argentina.
A vice-comandante do país vizinho foi condenada por favorecer o empresário Lázaro Báez com o objetivo de conseguir contratos para obras públicas. Ao todo, Báez conseguiu 51 acordos de construções.
Além disso, Kirchner foi apontada como líder de uma associação criminosa durante seu governo (2007-2015) e também durante a gestão de seu ex-marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, que governou a Argentina entre 2003 e 2007.
O processo judicial que foi concluído nesta terça-feira (6) teve duração de três anos e meio e também julgou outras 12 pessoas.
Kirchner nega as acusações e diz que a sentença estava escrita desde o início do julgamento. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ela disse ser vítima de um “pelotão de fuzilamento” e que as acusações são uma “falsidade absoluta”. A vice-governante também comparou o seu caso com a condenação de Lula, afirmando ser vítima de juízes que fazem perseguição política.