Como solução, a revenda está limitando o número de botijões por cliente para conseguir atender a todos | Foto: Reprodução/VemGás

Assim como acontece com outros produtos essenciais, como a água mineral, a situação do abastecimento do gás liquefeito de petróleo (GLP) vem enfrentando problemas de logística no Rio Grande do Sul. Produtos têm, mas não há maneira de fazer com que o combustível chegue nas revendedoras. 

No domingo (5), o Sindicato das Empresas Distribuidoras Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no RS (Singasul) tinha como estimativa que pelo menos 30% do abastecimento de botijões no Estado estivesse comprometido. O quadro permanece semelhante nesta terça-feira (7).

Parte da redução no abastecimento se deu porque a Copa Energia, antiga Liquigás, em Canoas, foi afetada pela enchente. Em Porto Alegre, cidade que depende essencialmente do combustível que vem da Região Metropolitana, a situação nas revendedoras é de escassez.

A dificuldade de atender a demanda vem desde a última sexta-feira (3). Para a equipe de reportagem da GZH, o gerente da Master Gás, Márcio Rodrigo Pinto, relatou que está dando para atender a demanda, porém de forma menor devido à logística. 

Márcio informou ainda que os botijões estão chegando em menor quantidade — cerca de 300 botijões por dia, fazendo com que a remessa logo acabe. Os caminhões que retornam para buscar mais combustível encontram dificuldades no trajeto, o que acaba demorando mais tempo para ser realizado. 

Como solução, a revenda está limitando o número de botijões por cliente para conseguir atender a todos. Compradores que retiravam até 10 botijões ao dia, estão recebendo somente dois.  

Outras regiões do Estado também estão sendo afetadas pelo quadro de ofertas de gás GLP. No sul, o terminal de Pelotas estava lotado de caminhões aguardando para carregar nesta terça, mas sem perspectiva de carregamento. Os revendedores das regiões Central e Fronteira Oeste, que recebiam o gás por Santa Maria, foram deslocados para Pelotas. No entanto, o ponto ao Sul do Estado não tem capacidade para atender toda essa demanda.

No Norte, Passo Fundo está conseguindo abastecer municípios nas regiões do Planalto, Missões e Serra, porém os distribuidores encontram dificuldade para acessar as cidades onde as vias estão interditadas. 

No Litoral Norte o abastecimento está sendo feito por botijões vindos do Paraná. De lá são distribuídos em Osório para as demais localidades. O carregamento, porém, é limitado a 100 botijões por CNPJ por dia, de acordo com o Singasul.

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