Foto: Pedro Piega/Prefeitura de Porto Alegre

Mulheres vítimas de violência doméstica tem a partir desta semana um novo espaço de acolhimento em tempo integral, a Casa de passagem Betania. O local, inaugurado pelo prefeitura de Porto Alegre, conta com 21 suítes, tem acessibilidade, equipe multidisciplinar e pode receber até 105 pessoas.

“Um atendimento e uma equipe qualificada especializada no trabalho da violência contra a mulher, sabendo como chegar, conduzir e construir um plano de vida para essa mulher, e a partir dai, a gente faz o encaminhamento dela para a vida e para outros serviços”, explica Fernanda Mendes Ribeiro, Coordenadora dos Direitos da Mulher da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS).

Para mulheres que precisam deste tipo de apoio, o primeiro passo é ir até o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM), que fica na Secretaria de Desenvolvimento Social, localizada na avenida João Pessoa. No local, será feita a avaliação pelos especialistas.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, o Rio Grande do Sul registrou 89 casos de feminicídio até outubro deste ano. São sete casos a mais comparado com o mesmo período do ano passado. Também foi registrado mais de 41.621 casos de violência doméstica.

“Quando a  gente tem um número de feminicídio crescente significa que todo o resto da cadeia de violências contra as mulheres também cresceu. Porque o feminicídio é o fim, é o grau extremo de violência contra a mulher” afirma Gabriela Souza, advogada para mulheres.

Segundo a advogada, uma mulher que sofre violência doméstica deve primeiro procurar estar em segurança, e em seguida buscar uma rede de apoio familiar. A violência doméstica pode acontecer sob diversas formas e intensidades.

“Violência doméstica ela é todo o ato que tinge a autodeterminação e o corpo da mulher, ou seja, ela é uma violência física, psicológica que envolve limitações constrangimentos, também moral,  patrimonial,  e além de tudo, a violência sexual que não se limita a estupro e violências sexuais, mas também a violências contra a liberdade reprodutiva da mulher”, explica Gabriela Souza, advogada para mulheres.

Compartilhe essa notícia: