Mais uma para a série Coisas Nossas Muito Nossas: haverá necessidade de um imenso infográfico para entender as alianças partidárias a serem formadas nos estados, a maioria em dissonância com os entendimentos no nível federal. A falta de coerência evidencia mais a busca por interesses pessoais para angariar poder do que o engajamento sincero em benefício da população. O pluripartidarismo, natural em um Democracia, acaba virando uma superlotação de grupos e grupelhos que se unem e se separam ao sabor das conveniências, das promessas e do compadrio. 

Virou tradição 

O conhecimento mais aprofundado dos orçamentos públicos é necessário porque a cada medida anunciada de contenção do gasto, para evitar o aumento do déficit e mais endividamento, é criado um subterfúgio, legal ou não, capaz de driblar a regra estabelecida. Limitam despesas sem sentido e não tarda a criação de um caminho subterrâneo. Redigem normas de racionalização e, em pouco tempo, impõe-se o descrédito. 

Há um remédio para o mal: a participação de entidades representativas da sociedade civil para fiscalizar, tarefa que os parlamentares deixam de cumprir.          

Pratos finos 

Luiz Inácio Lula da Silva participou de jantar na mansão do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira, segunda-feira, com caciques do MDB. Foi a primeira movimentação no tabuleiro para enfraquecer a candidatura da senadora Simone Tebet ao Planalto. Lula foi aconselhado a abandonar as teses da extrema esquerda. Será difícil, mas ficou de pensar.   

Aceitação difícil 

O apoio do PSol a Lula no 1º turno estava sendo pavimentado. Até aparecer Geraldo Alckmin como uma pedra no meio do caminho. Acrescentou-se agora a aproximação com o MDB para formar um frentão. Consequência: o lançamento da chapa PT-PSB, em um grande evento no dia 30 deste mês, foi adiado. 

Avaliação segue atual 

“A baixaria vai predominar na disputa”. Declaração do ministro Marco Aurélio Mello durante entrevista em agosto de 2006. Poderá ser repetida este ano. Falou ainda sobre um assunto que costuma ressurgir nas campanhas e depois cai no esquecimento: a condição do voto. Disse: “Deve ser um direito e não um dever. Deve ser um ato voluntário e não obrigação sob pena de multas e problemas na vida civil.” 

Receita valiosa 

Mello, hoje ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, tratou ainda da Assembleia Constituinte, lembrada em anos eleitorais: “O Brasil não precisa de novas leis. Só geraria a instabilidade política. Toda vez que vem uma lei nova surgem conflitos na interpretação. O que precisamos é de seriedade e de vergonha na cara.”   

Tema para investigação 

Dos 2 milhões de candidatos que participaram do recente Exame Nacional do Ensino Médico (Enem), apenas 22 conseguiram atingir a nota mil, pontuação máxima na redação. 

Era o que faltava    

Uma equipe de vacinação itinerante da Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju foi assaltada semana passada em um bairro. Dois homens armados obrigaram as vítimas a entregarem bolsas, carteiras, celulares e outros objetos. Os servidores trailer da vacina só voltarão às ruas se estiverem acompanhados por policiais militares. 

Depois do comunismo 

Do jornal El País, de Madri: “Oligarcas, milionários e banqueiros: os Pandora Papers descobrem 3.700 empresas opacas ligadas à Rússia. Os arquivos secretos de 14 empresas de serviços offshore lançam luz sobre os ativos ocultos de magnatas próximos a Putin e diretores dos principais bancos do país.” 

Há 60 anos 

A 13 de abril de 1962, ocorria mais um capítulo da Guerra Fria. O chefe do governo soviético, Nikita Kruschev, censurou os Estados Unidos e a Inglaterra por terem decidido reiniciar as provas nucleares sem consultá-lo previamente. Em mensagem lida na Rádio Moscou, revidou, dizendo que faria o mesmo número de testes dos dois países, tanto na atmosfera como sob a terra e sob o mar. 

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