Uma das grandes atrações do 26º Porto Alegre em Cena, o espetáculo Pi Panorâmica Onsana traça um grande panorama sobre o indivíduo e questiona a viabilidade do mundo atual. As apresentações ocorrem neste sábado, 14, e domingo, 15, às 20h, no Teatro do Sesi. Ingressos custam R$ 80 (inteira) na plateia baixa e plateia alta R$ 80 (inteira) e R$ 30 o mezanino e podem ser adquiridos neste link. O espetáculo busca dialogar com o momento atual e traz para a cena estas e outras questões. Baseada em pessoas e dados reais, a peça projeta uma lente de aumento sobre a sociedade e traça um painel irônico do mundo contemporâneo. Com direção e concepção de Bia Lessa, o elenco formado por Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo vive mais de 150 personagens de diferentes nacionalidades, em textos de Júlia Spadaccini, Jô Bilac e André Sant’anna, com citações de Franz Kafka e Paul Auster*.

O espetáculo aborda temas que afetam as condições de vida e questiona se as atitudes da humanidade produzirão um futuro apocalíptico ou se ainda é possível corrigir uma série de problemas estruturais que estão dizimando o planeta. A peça discorre sobre o indivíduo, a civilização, sexualidade, política, violência, nação, miséria, riqueza, consumo desenfreado, gênero e desejo. “Tudo o que é humano interessa, tudo que é próprio de cada um dos atores tem valor enquanto observação da vida, tal qual ela se apresenta agora”, afirma Bia Lessa. São projetados em tempo real números de assassinatos, estupros, nascimentos, narrações que apontam para uma saturação do sistema atual.

O projeto foi idealizado por Cláudia Abreu e Luiz Henrique Nogueira e, inicialmente, teria como foco os “excluídos sociais”, mas a chegada de Bia Lessa ampliou a temática, na busca de traçar um painel ilimitado de temas que afetam as condições de vida da humanidade. “Queríamos olhar para os excluídos e agora falamos sobre um sistema de vida que justamente cria essas exclusões”, afirma Nogueira. “A peça é um grande painel da humanidade, com suas mais urgentes, profundas e superficiais questões”, complementa Cláudia.

Dando sequência à pesquisa que a diretora vem desenvolvendo a partir do espetáculo Grande Sertão: Veredas, a trilha sonora é criada em várias camadas onde música, ruídos, ambientes e a voz dos atores (manipuladas tecnologicamente) dialogam entre si. “O uso de microfones permite a criação de ecos e metalização, o que dá a ideia de fúria, de discurso oco e vazio”, explica Bia.

Pi Panorâmica Insana foi eleito o Melhor Espetáculo do Ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Estreou em 1 junho de 2018, no Teatro Novo, em São Paulo, e ficou em cartaz até 29 de julho, com todas as sessões esgotadas.

Pi Panorâmica Insana

Sábado, 14  e domingo, 15, às 20h
Teatro do Sesi
Ingressos:
Plateia Baixa e Plateia Alta R$ 80 (inteira) / R$ 40 (meia-entrada)
Mezanino R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia-entrada)
Link de venda

Foto: João Caldas/Especial SMC PMPA

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