Após o jogo de sábado à noite, líderes do PDT reavaliaram o quadro para a eleição do próximo ano:

1ª) Romildo Bolzan não concorrerá ao governo do Estado se o Grêmio, que preside, cair para a série B.

2º) O partido tem dificuldades em encontrar um cabeça de chapa competitivo e admitirá a possibilidade de indicar um vice na chapa do socialista Beto Albuquerque. Poderá ser o ex-deputado Vieira da Cunha.

3º) Os pedetistas vão propor ao PT apoio à chapa Beto-Vieira, que se completaria com Tarso Genro sendo candidato ao Senado.

 

Ventos podem virar

Dos 24 deputados federais do PDT, 15 votaram a favor da Proposta de Emenda Constitucional que prorroga o prazo de pagamento dos precatórios do governo federal. É a fórmula para viabilizar o Auxílio Brasil. Contrariado, Ciro Gomes desistiu de sua candidatura ao Palácio do Planalto. A direção nacional do PDT entrou em campo para pressionar e, no começo da tarde de ontem, declarou que 10 deputados mudarão o voto no 2º turno. Caso se confirme, Ciro voltará à corrida presidencial.

Franco atiradores

O PDT sonha em ter José Luiz Datena, agora no PSD, como vice de Ciro Gomes. Será difícil encontrar dupla mais explosiva.

Portas abertas

O Partido Podemos, de Sérgio Moro, não esconde: está à disposição para receber os dissidentes do PDT.

Preferido

Na hipótese, mesmo remota, de Paulo Guedes deixar o Ministério da Economia, o Centrão defenderá Henrique Meirelles para o cargo. A grande dúvida é se aceitaria. Hoje, Meirelles é secretário da Fazenda do Planejamento do Governo do Estado de São Paulo.

 

Aprender não custa

A aproximação do ano eleitoral é mais uma oportunidade para referir o amadorismo de muitos candidatos e ressaltar a necessidade da criação de Escolas de Gestão Pública, de Norte a Sul do País. Não apenas no sentido acadêmico e para dar diploma, mas numa perspectiva prática.

Dá para admitir um eleito que desconhece, não compreende nem domina a contabilidade pública, ficando na dependência, apenas, do quadro técnico da administração?

 

Diferentes propósitos

Não há necessidade de pesquisas para concluir que a maioria da população brasileira quer estudar, trabalhar e consumir. Se toda a classe política perceber e não continuar atrapalhando, contribuirá muito.

Inventores de plantão

Institutos, que gostam de faturar prestígio, poderiam fazer uma pesquisa entre os congressistas, perguntando: quantos artigos da Constituição Federal de 1988 ainda não foram regulamentados? Quem acertasse mereceria um monumento em Brasília. Mesmo assim, quando ocorre uma fase de marasmo, como agora, aparecem os defensores de uma nova Constituinte. Estão sempre dispostos a incluir ideias de seus partidos, receituários de fórmulas inviáveis ou capítulos de algum almanaque de mesquinharias, beneficiando familiares e amigos nas famosas Disposições Transitórias.

       Ficam na conversa

A manchete do jornal espanhol El País resume o que acontece em Glasgow: “Passagem dos líderes pela cúpula do clima deixa uma enxurrada de anúncios de alianças etéreas.” Repete-se o que ocorreu em eventos anteriores: muitos sorrisos, fotos, brindes, promessas e poucos avanços para conter a poluição.

Dois pesos

O bloqueio da China à carne brasileira põe em risco R$ 10 bilhões neste ano. A estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária leva em conta a produção que seria vendida até dezembro.  A razão oficial para o bloqueio: o registro de dois casos suspeitos da doença da vaca louca descobertos a 3 de setembro em Minas Gerais e no Mato Grosso. Os chineses suspenderam as aquisições no dia seguinte e ainda não voltaram atrás, mesmo após o pronunciamento da Organização Mundial de Saúde Animal de que o Brasil representa risco insignificante para a doença.

Idêntico rigor o governo chinês não tem em relação às carnes de animais vendidas em suas feiras nas ruas, sem controle sanitário, e que deram origem à pandemia.

Haverá reprise

Partidos nanicos lançarão candidatos às eleições majoritárias, fiéis ao ideal olímpico: o importante é competir. Revelam pouco preparo e atrapalham debates em rádios e TVs, limitando o tempo de respostas dos que têm chances.

Deverá ser arquivado

A Assembleia Legislativa está analisando o projeto de lei do deputado Sérgio Turra, que torna menos rígida a exigência sobre o transporte de cargas perigosas no Estado. Depois de ouvir sindicalistas e representantes de entidades ambientais e de saúde, a tendência é de que não tenha andamento. Alegam riscos para motoristas e a população como demonstram tantos acidentes.

Só os senadores não sabem

A Comissão de Infraestrutura do Senado convocou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para audiência amanhã. Perguntará sobre o motivo de possível racionamento. Nem precisava porque a resposta todos conhecem: a falta de chuvas.

Mostra o grau de interesse

Medida Provisória 1055/21, que criou um grupo interministerial para assegurar o fornecimento de energia elétrica no País, perdeu ontem a validade domingo sem ter sido votada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. O texto foi publicado em junho pelo Poder Executivo com o objetivo de contornar os efeitos que a falta de chuvas no ano passado e neste causou aos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Exemplo para outros Estados

O plenário do Supremo Tribunal Federal julgou válida a lei do Estado do Paraná que obriga as prestadoras de serviços de telecomunicações a informar os dados dos proprietários de linhas telefônicas que passarem trotes telefônicos e acionarem indevidamente os serviços de atendimento de emergência. A Associação Nacional das Operadoras de Celulares se negava a cumprir e ficou sem saída.

Lista imensa

A pesquisa sobre a quantidade de normas editadas no Brasil, realizada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), revelou: desde a promulgação da Constituição Federal, em outubro de 1988, foram 443.236 sobre impostos, das quais 36.483 federais, 146.849 estaduais e 259.904 municipais.

Cada empresa deve seguir hoje 4.626 normas fiscais, que contêm, ao todo, 51.945 artigos, 121.033 parágrafos, 386.993 incisos e 50.906 alíneas. Se fossem impressas em papel A4 com tipografia em tamanho 12, o material se estenderia por 6,5 quilômetros.

Custo alto

A pesquisa do IBPT acrescenta: as empresas gastam aproximadamente R$ 181 bilhões por ano para manter pessoal, sistemas e equipamentos apenas para planejamento, acompanhamento e execução de obrigações fiscais. É automático o repasse do custo aos consumidores finais de produtos e serviços.

Debate continua

“Em Economia, a sabedoria tem dúvidas e a ignorância tem certezas”. Frase do economista austríaco Eugen von Böhm-Bawerk, que viveu de 1851 a 1914.

Cobradores não falham

Em uma conversa entre amigos interligados pelo telefone celular, ontem, um relatou os dissabores por sair pouco de casa. Surgiu uma opinião bem humorada: “Se você está se sentindo sozinho, abandonado, achando que ninguém liga para você, atrase um pagamento…”

 

Queda em 1992

Estamos a 54 dias de 2022, quando serão assinalados 30 anos do impeachment do presidente Fernando Collor. O episódio começou com um cheque de R$ 40 mil para compra de um Fiat Elba.

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