| Carlos Eduardo Netto |

Nesta quinta-feira (6), foi a vez do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, depor no Senado sobre a CPI da Pandemia. A Comissão investiga a atuação do governo federal na administração da crise sanitária. Queiroga assumiu a pasta há 45 dias, substituindo Eduardo Pazuello.

O depoimento começa com Marcelo Queiroga respondendo sobre o aumento dos casos de morte por Covid-19 no Brasil. “Nós não temos uma resposta exata para isso, esse vírus é imprevisível”, disse o Ministro. Queiroga ainda completa dizendo que faltou o “fortalecimento do SUS”.

 

Confira alguns pontos do depoimento:

Chegada ao Ministério

Marcelo Queiroga alega que recebeu um ministério organizado e que encontrou “uma situação em que a logística de distribuição de insumos estava apropriada. Tanto que fizemos as entregas aos estados”.

O Ministro ainda diz que buscou, desde o início de sua chegada, fortalecer o programa de vacinação e as medidas não-farmacológicas.

Testagem

O ministro Marcelo Queiroga foi perguntado sobre os testes RT-PCR que tiveram seu prazo de validade estendido pela Anvisa, o depoente responde que todas as unidades ainda estão em condições de uso.

O relator do processo, senador Renan Calheiros ainda questiona sobre uma campanha de testagem. Queiroga diz que ela existe e que a campanha deve ser aprimorada com testes rápidos de antígenos.

Uso da cloroquina

Queiroga foi perguntando se compartilha das visões do presidente Jair Bolsonaro sobre a administração de cloroquina no tratamento de Covid-19. O ministro não respondeu de forma direta, porém afirmou que sua função é de avaliar tecnicamente e não “dar juízo de valor sobre a opinião do Presidente”.

Queiroga ainda diz que “não há pressão nenhuma” do governo federal para o uso do medicamento. Ele alega que não existe nenhum protocolo para isto e, sim, uma sugestão por parte do Ministério.

Nomeação

“Recebi uma única recomendação do Presidente, que invista os recursos públicos para atender a sociedade”, disse o ministro Marcelo Queiroga sobre pedidos de Bolsonaro em sua nomeação.

Queiroga também afirma que recebeu autonomia de Jair Bolsonaro, diferente do que afirmaram Mandetta e Teich e que todas as decisões são técnicas.

Distanciamento social

Queiroga defende que o distanciamento social deve ser aplicado de acordo com a situação de cada município. E diz que seu pensamento converge com o do governo federal, já que recebeu autonomia em seu cargo.

Declarações do Presidente

O Ministro diz que concorda com o presidente Jair Bolsonaro sobre “assegurar a liberdade às pessoas”, porém não de forma concreta. Ele foi confrontado sobre a declaração de Bolsonaro de que “não ousem contestar” sobre um possível decreto para proibir o distanciamento social.

 

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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