“Brincar é para todes”. Essa é a mensagem da peça teatral ‘Puli-Pulá’, apresentada pelo Grupo Cerco, que levou a várias discussões e controvérsias desde o início desta semana. Destinado à crianças, o espetáculo seria apresentado a alunos do Colégio Farroupilha nesta segunda-feira (8), porém foi cancelado quando a escola percebeu que o foco da peça era o uso do gênero neutro.

Confira a nota divulgada pela instituição de ensino:

Nota à imprensa

No Colégio Farroupilha, atuamos há mais de 135 anos em prol de uma educação de qualidade.

Informamos, portanto, que nosso Projeto Pedagógico prima pelo desenvolvimento de conteúdos e habilidades vinculados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), respeitando as variantes do idioma, mas reconhecendo, sobretudo, a escola como espaço primordial de aquisição e exercício da norma-padrão da língua portuguesa.

Em relação ao espetáculo Puli-Pulá, esclarecemos que o Grupo Cerco foi contratado para realizar quatro apresentações. Contudo, durante a primeira e única exibição, identificamos a utilização de termos não reconhecidos pela norma-padrão da nossa língua, o que consideramos inadequado, observando-se, ainda mais, a faixa etária de crianças em fase de alfabetização ou ainda não alfabetizadas. Em razão disso, as demais apresentações foram canceladas.

Por fim, reiteramos que educamos para formar cidadãos competentes, éticos e globais e que, ademais, acreditamos na parceria entre famílias e escola no desempenho desse compromisso.

O Grupo Cerco, por sua vez, publicou em suas redes sociais que, desde 2015, quando a peça foi concebida, já exibiu o espetáculo em várias instituições ao redor do estado e “é a primeira vez que recebemos esse tratamento”. Também afirmou que já havia apresentado a roda do Puli-Pulá no mesmo colégio em 2018, e “a repercussão foi extremamente positiva”.

Confira o comentário de Valter Nagelstein sobre o assunto:

 

Foto: Colégio Farroupilha/divulgação

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