| Lívia Rossa e Yasmin Luz |
No terceiro bloco, os candidatos responderam às perguntas da população, nas ruas da cidade de Porto Alegre, coletadas pela RDC TV. As perguntas foram rodadas e, na sequência, os prefeituráveis responderam e comentaram de acordo com sorteio prévio.
Entre as duplas sorteadas, o candidato que respondia possuía 1m30s para suas considerações, enquanto o candidato seguinte possuía 1min. Em seguida, houve réplica e tréplica de 30s. A assessoria da candidata Carmen Santos informou que ela não poderia participar do debate por questões técnicas.
Acesse os links para conferir o que foi discutido pelos candidatos durante o primeiro bloco do debate e também no segundo bloco do debate.
PERGUNTAS
1: PAULO ROBERTO – Qual a proposta que os candidatos têm para melhorar o transporte coletivo, principalmente na zona norte? Há anos sofremos com problemas de transporte coletiva ruim, sem ar condicionado.
Alda Miller Responde: Precisamos rever todas planilhas e questões de custo da passagem que acabou ficando sem transparência, rever a Carris – ela precisa continuar sendo pública-, precisamos pensar em transportes de energia renovável para sairmos do petróleo.
Miguel Rossetto comenta: Precisamos reduzir o preço da tarifa, melhorar o sistema de transporte integrado e recuperar a eficiência da gestão pública. Vamos abrir planilhas. Pensar público a partir do interesse da população de Porto Alegre.
Réplica Alda Miller: concordo com o Rossetto em tudo. Só acrescentamos que precisamos pensar nas novas tecnologias, nas novas formas de ir saindo da dependência do petróleo.
Tréplica Miguel Rossetto: Precisamos avançar na qualidade da energia, pensar na mobilidade com as bicicletas, ter um plano ambicioso nas ciclovias e recuperar as calçadas.
2: Pergunta: Matheus – Moro no bairro Jardim Vila Nova. Tem algum projeto para aumentar a demanda de ônibus no meu bairro?
André Cecchini responde: Sim. A necessidade de rediscussão total do sistema viário de Porto Alegre. Precisamos estender o transporte aquaviário. Há necessidade de rever os horários de ônibus, há poucos no “horário do rush” e também há horários que estão vazios. Temos que revisar todo o sistema rodoviário e incentivar o transporte de bicicletas com ciclovias.
Alda Miller comenta: um dos modais que pensamos com o aeromóvel seria com essa linha para a Zona Sul toda, a fim de desafogar o trânsito. Também por água e incentivando o turismo, além de implementar teleféricos.
André Cecchini réplica: temos que planejar o transporte para as próximas décadas. Há necessidade de investimentos em metrôs, monotrilhos. Temos que alargar e planejar novas vias.
Alda Miller tréplica: temos que dar alternativas. Precisamos dar agilidade e acesso à todas as pessoas.
3: CRISTIANE – Sou moradora do bairro Humaitá. Como vai ficar a questão da saúde no nosso bairro?
Marcio Chagas responde: A questão da saúde é prioridade, ainda mais em tempo de pandemia. Testes, vacinas, é urgente na capital, para que se tenha controle maior e que não aconteça como está sendo no país com mais de 150mil mortes. Essa necessidade em todos os bairros, principalmente periféricos, sabemos que no Humaitá tem muitas vilas, temos que ter um cuidado especial e fazer um cuidado maior para essa população que está de costas para a cidade, que esqueceu que a comunidade lhe colocou lá e governa apenas para a elite.
Ricardo Gomes comenta: Vamos trabalhar para zerar consultas e atendimentos que estão reprimidos por conta da pandemia, é preciso fazer credenciamento de médicos em seus consultórios, ampliar os horários dos postos de saúde que foi uma conquista da população de porto alegre que foi mantida à custa de fechamento de outros postos. Vamos reabrir os postos que Marchezan fechou e aumentar o horário de outros.
REPLICA MARCIO – queremos diálogo com os profissionais da saúde que estão esquecidos e estão sendo tratados como vagabundos, como disse o atual prefeito que marginalizou a categoria, sem ter testagem para desempenhar sua função.
TREPLICA RICARDO – a ampliação e reabertura dos postos é principalmente uma questão prioritária.
4: Paulo do bairro Vila Nova – passa governo, entra governo e prometem duplicar a Vicente Monteggia e nada, e fica aquele caos. Qual a proposta?
Gustavo Jardim responde: É uma preocupação a mobilidade urbana, temos que qualificar nossas ruas. Temos que trazer um modelo eficiente gerindo bem o dinheiro público. Herdamos um gasto brutal, não tínhamos dinheiro para fazer nada. Temos que ver planos.
André Cecchini comenta: A Vila Nova está abandonada. Não tem transporte, as ruas estão caindo aos pedaços. O litoral está abandonado. A cidade não é para economizar dinheiro, a cidade é para oferecer serviço à população. Porto Alegre termina em Ipanema e a Zona Sul está abandonada.
Gustavo Jardim replica: A Vila Nova não é um local para fazer transporto aquaviário. Nossos postos da Vila Nova estão sendo muito bem tratados.
André Cecchini tréplica: Gustavo sei que é difícil defender esse governo. Infelizmente, a cidade naquele setor está abandonada. A Zona Sul está absolutamente esquecida pela opção de não investir em pobre.
5: PERGUNTA: Luiz Eduardo – bairro Sarandi. O que tem sido feito para melhorar nossa segurança porque cada vez mais nossos jovens estão privados de liberdade. As propostas não são concluídas. Se promete, se promete e não se faz. O que pode ser feito na questão de segurança pública principalmente para os nossos jovens?
Profª Malu responde – temos em torno de 1200 câmeras que são da guarda municipal, da EPTC e do DMAE. Sendo que temos câmeras da bm. Ainda não estão interligadas, isso queremos mudar. Queremos dialogar com as residências e comercio que tem câmera privada que aí estenderíamos um raio muito maior para olhar as ruas. Temos 6mil câmeras privadas, teríamos maior abrangência e cerceamento que temos no município. Podemos chegar nessas pessoas que acabam cometendo esses delitos.
Delegado Fernando: teremos observatório de análise de segurança porque cada bairro tem uma característica de violência. Faremos trabalho de inteligência para fazer integração com as forças de inteligência. Quanto aos jovens temos que resgatar e tirar eles das ruas, fazer convenio com as faculdades para professores de educação física nos ajudarem.
REPLICA MALU – implementação de programas que envolvam guarda municipal, treinamento e qualificação da guarda. Para isso precisamos ter gestão, cuidando de cada bairro e cada necessidade dentro da sua área.
TREPLICA – Temos que ter rede de fortalecimento dos nossos jovens. A prefeitura precisa dar oportunidade para que aqueles jovens que já cometeram um crime não tenham reincidência.
6: PERGUNTA: Jonathan – Bairro Centro Histórico – sobre geração de emprego, o que vocês podem fazer a respeito disso?
Carmen santos não participou
Delegado Diogo – O emprego faz parte do nosso projeto chamado Sistemas Estratégicos de Segurança e Desenvolvimento que queremos implementar em Porto Alegre. Queremos trabalhar na prevenção originária, na prevenção interventiva, na prevenção reincertiva, na repressão primária e na repressão preventiva. Queremos trabalhar a segurança de forma sistêmica. Vamos trabalhar a família, vamos trabalhar na prevenção da gravidez precoce. Vamos trabalhar na inclusão social através do esporte para que os adolescentes estejam sempre protegidos. Vamos trabalhar emprego e renda. Vamos gerar através de cursos profissionalizantes. Vamos trabalhar o microcrédito e as questões voltadas ao emprego.
7: PERGUNTA: Basílio – Floresta – O que vão fazer a respeito da nossa rua, do lixo, total descuido com a nossa economia, que está indo por água abaixo. E as arvores que estão caindo e nunca consegue podar as arvores, porque a prefeitura não faz nada.
Miguel Rossetto responde: o abandono do bairro Floresta e do Quarto Distrito é o abandono da cidade inteira. A prefeitura foi embora da cidade a partir da péssima gestão dos últimos governos. É o lixo em toda a cidade, não tem poda e quando tem é desqualificada, não há investimento em saneamento no Quarto Distrito. Vamos fazer isso dando participação popular. O bairro Floresta vai retomar investimentos e vamos cuidar da zeladoria da cidade.
Maria Luisa comenta: No bairro Floresta temos muitas áreas. Quanto ao lixo queremos qualificar e ampliar os galpões de reciclagem. Precisamos combater os descartes irregulares e aumentar as áreas de depósitos e resíduos vegetais.
Miguel Rossetto réplica: Temos que devolver à prefeitura os bairros da cidade. O Quarto Distrito vai receber muito carinho, é uma área nobre da cidade, é possível ter crescimento econômico e crescimento cultural.
Maria Luiza tréplica: Precisamos estimular a geração de tecnologias de transformação de resíduos em energia. Precisamos cuidar da cidade e isso passa pela questão estética.
8: PERGUNTA: JULIANA – moro no bairro Floresta, quero saber o que vai ser feito o que vai ser feito na questão da reciclagem na cidade de Porto Alegre.
Delegado Diogo responde: É uma prioridade no nosso plano de governo a questão do lixo. Sabemos que tem muitos focos de lixo em porto alegre e eles tem que ser combatidos. Questão dos resíduos sólidos, queremos criar uma usina que vai transformar o lixo solido em energia elétrica. É um grande projeto que o Valter tem que queremos implementar em porto alegre. Para evitar inclusive o transporte de lixo que sai inúmeros caminhões que tem ido para a região de charqueadas e sendo enterrado. Esse lixo tem que ser reaproveitado, reciclado, vamos reforçar os locais de reciclagem e aqueles que não dá para reciclar queremos transformar em energia através da usina.
9: FABIO – Morador do bairro Bom Fim = o que vão fazer para consertar as ruas esburacadas do bairro bom fim, vários buracos, carros deteriorados, pneus furados. O que fazer?
Ricardo Gomes responde: Vamos conceder usinas de asfalto e fazer contratos por resultado. As empresas só vão receber quando tiverem realizado o serviço. Vamos dedicar parte do orçamento para tapar “a buraqueira” que vamos herdar do governo Marchezan.
Márcio Chagas comenta: O descaso do Marchezan é uma medida urgente para quem assumir o Paço Municipal.
Ricardo Gomes réplica: Havia uma estratégia no governo de no início fazer um desastre para no fim do governo poder entregar os serviços funcionando. Governo Marchezan atrasou por três anos serviços de poda, capina e “tapação” de buracos para chegar na boca da eleição e fazer a mais velha das políticas.
Márcio Chagas tréplica: Nós não faremos esse tipo de procedimento. Têm certas questões de Porto Alegre que são urgentes, essa é uma. Iniciar obra não só nos locais centrais, mas também nas periferias.
10: GABRIEL – bairro Rubem Berta – Vocês vão resolver essa questão de segurança no bairro Rubem Berta?
Delegado Fernando Soares pergunta: A questão de segurança principalmente dos assaltos passa pelo Gabinete de Gestão Integrada, onde o prefeito faz toda a coordenação da segurança na cidade, com reuniões mensais trazendo a Brigada Militar e a Polícia Civil para dentro dessa discussão. Através do nosso observatório de violência vamos levar quais são os locais e quais são os tipos de crimes que estão acontecendo. Cada canto da cidade tem suas características.
Edelberto Mendonça comenta: Concordo com o Fernando. Além do trabalho excelente da Brigada Militar, da Polícia Civil e da Guarda Municipal me parece que temos que começar educação. O país precisa salvar as crianças. Temos que buscar as crianças em casa e levá-las para a escola. Uma criança de zero a cinco anos que não é estimulada cresce com uma deficiência, as crianças precisam ser cuidadas. Que segurança vamos imaginar que possamos ter com esses índices econômicos e de desenvolvimento? Nenhuma segurança.
Delegado Fernando Soares réplica: A prefeitura tem sim que agir de forma preventiva.
Edelberto Mendonça tréplica: Eu concordo. Vejo que se Porto Alegre apostar nos novos partidos, Porto Alegre poderá ter um futuro melhor.
11: PERGUNTA: FERNANDA – Moro no bairro Glória. Referente a educação pública queria saber o que tem de plano de ação para 2021. Qual projeto está sendo viabilizado para que as crianças retomem as aulas ano que vem?
Edelberto Mendonça responde: é uma questão complexa que preocupa todos nos. Temos que consultar especialistas, ter comitês altamente especializados para avaliar cada momento da nossa pandemia. Eles que nos dirão, poderão nos orientar. Nesse momento na minha opinião não se pode pensar em retorno imediato sob pena de expor as crianças, os profissionais da educação, fazendo o vírus circular e aumentando o risco de toda nossa população.
Gustavo Jardim comenta- a preocupação com nossas crianças é importante. Ano que vem depois de superada essa questão de pandemia vemos a possibilidade das crianças terem uma educação de qualidade no nosso município. As crianças estão recebendo notebooks, nossas parceiras na educação, tem expertise no assunto e também olhando a questão sanitária e técnica dos médicos, temos que seguir
Edelberto – precisamos exercer a busca ativa, através de toda comunidade. Devemos chegar a essas crianças que não vão à escola.
Gustavo: tivemos questões transversais, questão da educação e assistência, das crianças que precisam se alimentar, ter acesso, inclusão digital, são eles que vão fazer a POA de amanhã. Precisamos cuidar deles. A assistência tem que chegar neles.